A Holanda constatou ter sido um grande erro legalizar a
maconha e iniciou ações de reparação dos danos. E aqui no Brasil tem gente
fazendo passeata pela legalização dessa droga. A seguir, uma matéria da
revista Veja, escrita por Thomas Favaro, detalhando esse engano.
A tolerância em relação à maconha, iniciada nos anos 70,
criou dois paradoxos. O primeiro decorre do fato de que os bares podem vender
até 5 gramas de maconha por consumidor, mas o plantio e a importação da droga
continuam proibidos. Ou seja, foi um incentivo ao narcotráfico.
O objetivo da descriminalização da maconha era diminuir o
consumo de drogas pesadas. Supunham os holandeses que a compra aberta tornaria
desnecessário recorrer ao traficante, que em geral acaba por oferecer outras
drogas. Deu certo em parte. Apenas três em cada 1.000 holandeses fazem uso de
drogas pesadas, menos da metade da média da Inglaterra, da Itália e da
Dinamarca. O problema é que Amsterdã, com seus coffee shops, atrai “turistas da
droga” dispostos a consumir de tudo, não apenas maconha. Isso fez proliferar o
narcotráfico nas ruas do bairro boêmio. O preço da cocaína, da heroína e do
ecstasy na capital holandesa está entre os mais baixos da Europa. “Hoje, a
população está descontente com essas medidas liberais, pois elas criaram uma
expectativa ingênua de que a legalização manteria os grupos criminosos longe
dessas atividades”, disse o criminologista holandês Dirk Korf, da Universidade
de Amsterdã.
A experiência holandesa não é a única na Europa. Zurique, na
Suíça, também precisou dar marcha a ré na tolerância com as drogas e a
prostituição. O bairro de Langstrasse, onde as autoridades toleravam bordéis e
o uso aberto de drogas, tornara-se território sob controle do crime organizado.
A prefeitura coibiu o uso público de drogas, impôs regras mais rígidas à
prostituição e comprou os prédios dos prostíbulos, transformando-os em imóveis
residenciais para estudantes. A reforma atraiu cinemas e bares da moda para
o bairro. Em Copenhague, na Dinamarca, as autoridades fecharam o cerco ao
Christiania, o bairro ocupado por uma comunidade alternativa desde 1971. A
venda de maconha era feita em feiras ao ar livre e tolerada pelos moradores e
autoridades, até que, em 2003, a polícia passou a reprimir o tráfico de drogas
no bairro. Em todas essas cidades, a tolerância em relação às drogas e ao crime
organizado perdeu a aura de modernidade.”
Fonte original: Revista
Veja Mudanças na vitrine:
A Holanda constatou ter sido um grande erro legalizar a maconha e iniciou ações de reparação dos danos. E aqui no Brasil tem gente fazendo passeata pela legalização dessa droga. A seguir, uma matéria da revista Veja, escrita por Thomas Favaro, detalhando esse engano.
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