quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Governo anuncia novo aumento na gasolina que deve chegar a R$ 4,60 em dezembro, é a mais cara do mundo!


A gasolina é um desses exemplos de como o Brasil é um país surpreendente. Quando o preço do petróleo estava nas alturas no mundo inteiro, por aqui ele ficou praticamente congelado.
E agora que o óleo está sobrando os preços derretem no mercado internacional e por aqui a gasolina vai ficar mais cara. 

O anúncio foi feito esta semana. O governo federal vai aumentar os impostos dos combustíveis. A nova alíquota do PIS Cofins será cobrada a partir de fevereiro. E a Cide, taxa que estava zerada desde 2012, vai voltar em três meses.

Nas refinarias, o litro da gasolina deve subir R$ 0,22. E o diesel, R$ 0,15. O custo final para o consumidor pode ser ainda maior. No pico da alta, no mercado internacional, o barril do petróleo chegou a custar U$ 107 em junho de 2014. Agora vem sendo cotado por menos da metade. 
Tendência que não se aplica ao Brasil. O Centro Brasileiro de Infraestrutura fez a comparação. 

Enquanto a gasolina estava em alta no exterior, o preço era mais baixo no Brasil. E quando o valor caiu lá fora, aqui começou a subir.

No início de 2015, o produto está quase 70% mais caro do que no mercado internacional. O diesel custa 53% a mais.

Com o anúncio do governo sobre o aumento das alíquotas de tributos sobre combustíveis, o consumidor vai ter que pagar mais caro, mesmo com o preço do barril em queda lá fora. Mas por que o preço do combustível nas bombas segue na contramão da cotação internacional do petróleo?

Segundo o Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, o governo brasileiro represou os preços enquanto o valor do barril disparava no mercado externo. E agora não consegue acompanhar a redução da cotação estrangeira porque a Petrobras tenta recuperar o que perdeu nos últimos anos.

O especialista em energia Rafael Schechtman estima que o prejuízo da empresa foi de R$ 13 bilhões por vender gasolina mais barata do que no exterior. E calcula que a empresa precisará de seis meses para reequilibrar as contas.


G1

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