A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira o senador
Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado. A ação foi autorizada
pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeitas
de que o senador estivesse obstruindo as investigações sobre o escândalo do
petrolão. Também foram presos o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e
Diogo Ferreira, chefe de gabinete do petista.
Esta é a primeira vez que um senador é preso no exercício do
mandato. O motivo são suspeitas de que Delcídio teria coagido o ex-diretor da
Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, indicado por ele na
petroleira, a não dar detalhes sobre o esquema de corrupção na Petrobras. O
senador chegou a oferecer meios para que o ex-dirigente fugisse do país.
Cerveró chegou a negociar um acordo de delação premiada, mas não obteve
sucesso.
Nas investigações, o nome de Delcídio Amaral foi citado pelo
delator Fernando Baiano, que afirmou à força-tarefa da Lava Jato que o líder do
governo teria recebido até 1,5 milhão de reais em propina na negociação da
compra da refinaria de Pasadena, no Texas. O dinheiro sujo teria sido utilizado
na campanha de Delcídio ao governo do Mato Grosso do Sul, em 2006.
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