quinta-feira, 21 de julho de 2016

Polícia Federal prende célula do Estado Islâmico que planejava atentado na Olimpíada

Polícia Federal faz nesta nesta quinta-feira (21) a Operação Hashtag para prender dez pessoas suspeitas de planejar um atentado terrorista durante a Olimpíada, no Rio de Janeiro.
imagem google

A operação secreta é executada pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal contra o grupo que, até aqui, é considerado a maior ameaça aos Jogos. Além dos mandados para a prisão temporária de dez pessoas, a Justiça Federal em Curitiba emitiu dois mandados de condução coercitiva e 19 de busca e apreensão no Amazonas, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul. 


Os presos são considerados pelos investigadores uma célula do Estado Islâmico no Brasil. Com autorização judicial, a Divisão Antiterrorismo da PF monitorou diálogos do grupo, autointitulado “Defensores da Sharia” (a série de princípios religiosos, comportamentais e de costumes expressos nos textos sagrados muçulmanos e que influenciam do modo de vida às Constituições de alguns países), em redes sociais, sobretudo via Facebook e Twitter, e por aplicativos de troca de mensagens.

 O grupo seguia o mesmo roteiro dos terroristas envolvidos nos atentados em Orlando, nos Estados Unidos, e em Paris, na França: foram recrutados pela internet e alguns deles juraram lealdade ao Estado Islâmico. Dias atrás, o grupo comemorou o atentado em Orlando, no qual um atirador matou 50 pessoas em uma boate. 

Nas mensagens, a PF descobriu que o grupo ainda era embrionário. Os integrantes não se conheciam pessoalmente, conversavam por mensagens via aplicativos como WhatsApp e Telegram, nas quais compartilhavam simpatia pelo Estado Islâmico, falavam em treinar artes marciais e se preparavam para ações. Eles usavam as redes sociais para contatos com o Estado Islâmico. 

Os investigadores descobriram, ainda, que um dos integrantes havia jurado lealdade ao Estado Islâmico. Além do plano para, possivelmente, organizar um atentado terrorista na Olimpíada, eles relatavam a compra de armamento. Um dos integrantes fez contatos para adquirir um fuzil AK-47 no Paraguai. Dois deles já cumpriram pena por homicídio.  

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