Alerta: Brasil corre série risco de epidemia que esta se espalhando pelo mundo!!!

260 mil pessoas afetadas no Caribe

Segundo o especialista, diversos outros militares que integram as tropas de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, teriam contraído a doença por lá, sem, no entanto, voltar doentes ao país. Entretanto, eles podem ter trazido mosquitos infectados.

Além disso, estamos em plena Copa do Mundo, recebendo milhares de turistas de diversas partes do mundo — todos potenciais portadores do vírus. Teoricamente, basta que um mosquito pique uma pessoa na fase febril da doença e transmita o vírus a outra para que a doença comece a se disseminar.

Por isso, Muggah acredita que é alta a possibilidade de o Brasil enfrentar uma epidemia da febre.

— Há um sério risco de a febre Chikungunya se tornar epidêmica no Brasil — afirmou o especialista. — Os primeiros casos (das Américas) foram reportados no Caribe em dezembro de 2013, e já são 260 mil pessoas atingidas diretamente. Há um tráfego constante de pessoas indo do Brasil ao Haiti por conta das tropas de paz, sem falar em trabalhadores de agências humanitárias, missionários e diplomatas.

A outra razão, na análise de Muggah, é ambiental: o Brasil tem condições climáticas ideais para a disseminação da febre, e os dois mosquitos transmissores são comuns aqui. Vale lembrar que o país teve mais de 1,4 milhão de casos de dengue no ano passado (cerca de dois terços de todas as ocorrências do Hemisfério Ocidental).

— Embora o Brasil tenha uma infraestrutura de saúde pública muito mais sofisticada do que a do Haiti, se medidas preventivas não forem rapidamente adotadas, a epidemia pode se disseminar rapidamente — disse Muggah. — O potencial para uma epidemia catastrófica é muito alto.

A palavra chikungunya vem de um dialeto da Tanzânia e significa “doença do andar curvado”. O nome, segundo explica Ujvari, reflete os sintomas, semelhantes ao da dengue, mas em intensidade bem maior: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. As articulações são muito afetadas. O vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção.

— O grande diferencial da doença (em relação à dengue) é a dor excruciante nas juntas, que pode persistir por meses e mesmo anos depois do estágio febril — explica Muggah. — O nome é uma referência ao fato de as pessoas se contorcerem de dor.

Perigo de dores recorrentes

Se não for corretamente tratada, pode levar a problemas permanentes de mobilidade ou de sintomas recorrentes de artrite, especialmente em pacientes mais idosos e pessoas com outros problemas de saúde. As crianças pequenas também são mais vulneráveis. Febres altas, convulsões e desidratação podem levar a complicações graves e até à morte.

Não há, no entanto, um tratamento específico para a febre. O que os médicos fazem é tentar aliviar os sintomas dos pacientes. As medidas de prevenção são as mesmas usadas no combate à dengue: inseticidas e repelentes, além da eliminação dos locais de reprodução do mosquito, como áreas de água parada.
Um estudo feito no Haiti com 3 mil famílias (aproximadamente 14 mil pessoas), além de centenas de estrangeiros, revelou que a doença “conhecida como a nova dengue está em estágio avançado de disseminação no país caribenho e fora de controle”. (Colaborou Leonardo Vieira)

Fonte: O GLOBO



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