sábado, 28 de julho de 2018

A Ditadura escancarada aplicada pelo Facebook




Com raras exceções, os principais veículos de imprensa no Brasil participaram na ultima quarta (25/07/2018) de uma campanha orquestrada de difamação dos donos das páginas e perfis censurados pelo Facebook. Esses veículos deram de barato, sem checar a informação, sem conferir fontes, sem apresentar nenhuma prova da acusação, que os censurados eram culpados pelo delito de possuir perfis falsos e produzir notícias falsas. A imprensa agiu de maneira criminosa, a fim de legitimar a censura. Agiu como departamento de propaganda de regimes tirânicos, para assassinar a reputação das vítimas de um julgamento de exceção. 

Ocorre que um dos chefes do departamento de censura, Leonardo Sakamoto, parceiro da grande imprensa na trama anti-democrática, deu com a língua dos dentes: ciente de que não conseguiria provar na justiça que os perfis e páginas banidos eram mesmo falsos, ou que produziam notícias falsas, Sakamoto deu o comando para a mudança do pretexto: não, a causa do banimento não foram as notícias falsas, mas a tentativa - veja só! - de “manipular o debate público”. O Facebook foi ainda mais explícito em revelar o espírito totalitário da iniciativa: alegou que os banidos “criam divisão” - um argumento típico de ditaduras que pretendem impor um pensamento único e oficial.

O fato é que eles já não sabem mais o que fazer para sustentar um ato tão claro de censura e perseguição político-ideológica. Mas a verdade é uma só: se ainda querem manter algum resquício de credibilidade, antes que assumir de vez a sua natureza de assessoria de comunicação da extrema-esquerda, os veículos que reproduziram docemente a acusação fraudulenta contra os censurados devem a estes um pedido de desculpas. Devem assumir que eles sim produziram uma notícia falsa contra pessoas inocentes. Caso não o façam, estarão confessando a sua participação na trama totalitária e abjeta.

Rogo a todos os jornalistas com integridade ainda restantes neste país que façam a coisa certa, e não a coisa conveniente. Mais cedo ou mais tarde, a verdade sobre o escândalo que hoje ocorre virá à tona, e todos os que dele participaram por razões corporativas, mesmo colhendo dividendos financeiros ou políticos no curto prazo, serão lembrados no futuro por sua indignidade e infâmia

Por Flávio Gondon



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