Em entrevista coletiva
após a reunião técnica deste domingo (17), que aprovou o uso emergencial das
vacinas de Oxford/AstraZeneca e Coronavac/Sinovac no Brasil, a diretora da
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Meiruze Freitas, disse que apesar
de a decisão de hoje da Anvisa permitir o início da vacinação nos Estados, a
autorização pode ser cancelada a qualquer momento.
“A autorização de uso
emergencial pode ser cancelada a qualquer momento, se for detectado que os
riscos são maiores do que os benefícios.
Ela disse ainda que a
decisão de hoje da Anvisa permite o início da vacinação nos Estados assim que
extrato da Anvisa seja publicado. São Paulo teve hoje a vacinação simbólica de
uma enfermeira.
“A decisão de hoje passa a
valer a partir da publicação do extrato da Anvisa, que já deve estar saindo. A
autorização emergencial estabelece que possa ser usada em pacientes das classes
escolhidas. Quanto à estratégia é de responsabilidade exclusiva do governo,
condicionada a termo de compromisso para que sejam apresentados dados
complementares. Não temos detalhes da decisão do governo do Estado.”
A Anvisa aprovou neste
domingo por cinco votos a zero o uso emergencial no Brasil das vacinas de
Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e
Coronavac/Sinovac no Brasil, produzida pelo Instituto Butantan. Após a
aprovação, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a vacinação
nacional deve começar em 20 de janeiro. Neste domingo haverá um início
simbólico da imunização, uma enfermeira tomará a primeira dose da Coronavac em
São Paulo.
As três áreas técnicas da
agência: a Gerência-Geral de Medicamentos, a Gerência de Fiscalização e a
Gerência de Monitoramento recomendaram a aprovação para uso emergencial. O
parecer técnico foi acatado pelos cinco diretores da agência.
A diretora relatora dos
pedidos, Meiruze Freitas, pediu a assinatura de um termo de compromisso para a
Coronavac, para envio de estudos sobre a eficácia em idosos. Os outros quatro
diretores são Romison Rodrigues, Alex Machado, Cristiane Rosa Jourdan e o
diretor-geral, Antônio Barras Torres.
O fato de a Coronavac
ainda precisar enviar estudos até o dia 28 de fevereiro levantou dúvidas sobre
um eventual cancelamento do uso emergencial, o que, segundo Meiruze pode
acontecer a qualquer tempo, relacionada ou não à Coronavac.
Informações R7
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