O regime comunista sul-americano, mais conhecido como
bolivarianismo, não está coibindo a livre expressão religiosa apenas na
Bolívia. O ditador venezuelano Nicolás Maduro está pedindo a punição
de líderes religiosos que fizeram orações em público contra a corrupção do
regime chavista.
Em missa realizada no último domingo (14), Víctor Hugo
Basabe, bispo de San Felipe, no Estado de Yaracuy, rezou para a Venezuela fosse
livre “da peste da corrupção política que conduziu o país à ruína moral,
econômica e social”.
No mesmo dia, Antonio López Castillo, arcebispo de
Barquisimeto, no Estado de Lara, pediu aos céus que os venezuelanos fossem
livres da fome e da corrupção. “Não acreditamos na miséria. Já chega de fome”,
declarou ele.
O material foi postado na internet e é possível ver que nos
dois casos, foram aplaudidos pelos fiéis.
O presidente Maduro classificou as declarações como “ataques
ao regime” e exigiu que a Justiça, o Ministério Público, a Controladoria-Geral
e a Defensoria do Povo investigassem. Com tudo na Venezuela está debaixo do seu
regime, certamente alguma punição deve ocorrer.
“[Basabe] chamou o povo chavista de peste, deveriam ver […]
se as palavras ditas por alguns desses personagens não correspondem a
verdadeiros delitos de ódio, que pretendem gerar enfrentamentos”, discursou na
TV.
Curiosamente, Maduro apelou para um discurso religioso,
dizendo que os venezuelanos são cristãos e “não acreditamos em
intermediários. Menos ainda nesses diabos de batina. Amamos ao nosso Deus
criador e o Senhor Jesus”. Reclamou que agora esse “diabo de batina” [o
bispo] veio “incitar o enfrentamento entre venezuelanos.”
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