Rejeição da presidente teve efeito inverso; saltou de 24% em
dezembro para 44% em fevereiro. Para 77% dos entrevistados ela sabia do
escândalo na Petrobras
SÃO PAULO - Com o escândalo da Petrobras à tona e a piora na
expectativa em relação à economia, a popularidade da presidente Dilma Rousseff
(PT) despencou e atingiu a pior marca de seu governo; foi de 42% (avaliação
boa/ótima) em dezembro passado para 23% em fevereiro, segundo o Datafolha. Em
contrapartida, os entrevistados que avaliam o governo como ruim/péssimo subiram
de 24% para 44%. O número dos que acham a administração petista regular
permaneceu em 33%. Na ocasião dos protestos de junho de 2013, a popularidade de
Dilma era de 30%, de acordo com o instituto.
Diz ainda o Datafolha que para 77% dos entrevistados a
presidente tinha conhecimento da corrupção na Petrobras. Para 52% deles, ela
sabia do escândalo e não agiu. Outros 25% disseram que ela nada pôde fazer,
mesmo sabendo dos casos de corrupção.
Segundo o instituto, é a pior avaliação de um presidente
desde dezembro de 1999, quando Fernando Henrique Cardoso tinha 46% de rejeição
(avaliação ruim/péssima). Para o jornal Folha de S.Paulo, “o país assiste à
mais rápida e profunda deterioração política desde o governo Fernando Collor de
Mello.”
Após quatro anos de governo, Dilma obteve, de acordo com o
Datafolha, a primeira "nota vermelha" de sua gestão; uma média de
4,8.
Para 47% dos entrevistados, a presidente é “desonesta”.
Outros 54% falam que ela é “falsa” e 50%, “indecisa”.
A pesquisa Datafolha mostra ainda que 60% dos eleitores disseram
que Dilma mentiu na campanha - 46% acreditam que ela mais mentiu que disse
verdades e 14%, que ela só mentiu.
O Datafolha ouviu 4 mil entrevistados em 188 municípios
brasileiros entre os dias 3 e 5 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos
percentuais, para mais ou para menos.
O Globo
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