O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), disse nesta quinta-feira que colocará para votar um requerimento de
urgência do projeto de lei que torna a “cristofobia” crime hediondo. De autoria
do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), o texto aumenta a pena de ultraje a culto
para até oito anos de prisão.
O projeto foi apresentado depois que a modelo transexual
Viviany Beleboni desfilou seminua em uma cruz, em referência a Jesus Cristo,
durante a Parada Gay de São Paulo. Uma placa acima de sua cabeça carregava a
frase “basta de homofobia com GLBT”.
A manifestação gerou a reação das bancadas evangélica e
católica, que protestaram ontem no plenário da Câmara exigindo “respeito”.
Carregando cartazes com cenas de atos obscenos fotografados em manifestações
com uso de símbolos religiosos, os parlamentares rezaram o Pai-Nosso em meio à
votação da reforma política.
Cunha disse que não pode proibir a manifestação dos
deputados. “Não posso impedir a manifestação de parlamentar. Como não pude
calar bater panela, jogar nota (falsa de dinheiro)”, disse.
Evangélico, Rogério Rosso quer aumentar a pena de “ultraje a
culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo” para quatro a oito
anos de prisão, além de multa. Atualmente, o Código Penal prevê um mês a um ano
de detenção, além de multa. Se o crime for classificado como hediondo, o autor
não poderá ser liberado mediante fiança.).
Por Fernando Diniz/ Terra
Por Fernando Diniz/ Terra
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