O presidente Michel Temer estuda ampliar para R$ 9 mil o
limite de renda mensal de famílias que podem ter um imóvel com os juros mais
baixos do programa Minha Casa Minha Vida. Atualmente, o teto da faixa 3 do
programa de habitação popular é de R$ 6,5 mil.
O governo deve também ampliar os preços dos imóveis
enquadrados no programa em torno de R$ 25 mil.
Segundo uma fonte a par das negociações, a ideia é revigorar
o programa para enfrentar a nova realidade econômica.
“Vamos abrir
uma nova faixa de brasileiros possam ter acesso ao programa”, disse um
integrante do governo. “Vamos dar mais subsídios nas faixas de juros para dar
um empurrão maior no acesso aos imóveis e estimular mesmo a produção”,
completou, mas com “absoluta responsabilidade”, ressaltou.
Preocupado com a retomada da economia, Temer aposta em um
pacote de medidas para a construção civil para impulsionar a atividade. A
indústria da construção apresentou ao Ministério do Planejamento um conjunto de
ações que pode aumentar as contratações das faixas 2 e 3 do MCMV de 250 mil unidades
para 400 mil unidades em 2017.
Mudanças
Pela proposta — que está sendo costurada pelos ministérios das Cidades e do Planejamento e Caixa — haverá um aumento nas rendas de todas as faixas do programa, exceto a faixa 1 (destinada a famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil). Para esse público, o governo chega a bancar até 90% do valor do imóvel, com subsídios.
Na nova faixa 1,5, por exemplo, a renda deve subir para R$
2,6 mil — atualmente, apenas famílias com renda de até R$ 2.350 podem ter
direito ao subsídio de até R$ 45 mil na aquisição de imóvel, de acordo com a
localidade e a renda.
Ao mesmo tempo, os juros cobrados nos financiamentos do
Minha Casa também devem subir. Para as famílias com renda de R$ 9 mil, os juros
devem ser de 9% ao ano. Atualmente, os juros cobrados para a faixa 3 são de
8,16% ao ano.
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