segunda-feira, 16 de maio de 2016

Herói maranhense é "abandonado" pelo governo!

Márcio Ronny da Cruz Nunes teve mais de 40% do corpo queimado ao tentar ajudar Juliane Carvalho e suas duas filhas durante atentado a ônibus no dia 3 de janeiro de 2014. Na época, e ainda hoje, Márcio é tratado como herói, mas mesmo sua condição não o impede de passar por dificuldades, ainda mais que, conforme alega, não tem recebido, desde dezembro, auxilio do Governo do Estado com relação aos medicamentos que necessita para amenizar as dores e o incômodo das queimaduras que tomaram conta de seu corpo.
Segundo conta, desde dezembro não tem mais tido acesso aos medicamentos, pomadas, colírios, hidratantes e géis de que necessita e que vinha recebendo normalmente. Para não interromper o tratamento, que é vital, ele tem que comprar os produtos, que não são baratos.
Outra questão é com relação aos óculos. Desde janeiro último, ele está com as receitas em mãos, mas não consegue nada com o governo. Márcio também precisa utilizar malhas compressivas, para proteger a pele, que estão avaliadas em mais de R$ 2 mil. Só que ele não vê expectativas de conseguir. “Eu não sei mais o que fazer. Eles estão querendo me cansar. Se eu não estivesse realmente precisando eu não iria pedir”, afirma o homem.
Em janeiro deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que o paciente estava recebendo toda a assistência que necessita do Governo do Estado. E destacou ainda que a última solicitação para compra de nova malha compressiva, óculos de grau e colírios havia sido realizada no dia 21 e já estava em fase de licitação. Mas até hoje, ele não recebeu os produtos.
Dificuldades
Márcio mora com a sua esposa e os seis filhos em uma casa no Residencial Turiuba VI, em São José de Ribamar (Região Metropolitana de São Luís). Segundo ele, as despesas da família são bem maiores do que a renda que ele e a esposa recebem, por isso eles passam por sérias dificuldades.
“Eu não posso ficar sem essas medicações, que são importantes. Tudo o que gostaria era de uma resposta do governo para saber se eles vão continuar ou não com o auxílio”, disse.

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