A Sessão Ordinária da Câmara de Rosário da ultima segunda feira, 26, foi marcada por uma manifestação de alguns moradores do povoado São João do Rosário.
Cerca de 30 moradores da localidade, que não aceitam a colocação de hidrômetros nas residências atendidas pelo SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) na localidade, e pedem a anistia da tarifa de água, ou seja, o SAAE teria que gerir e arcar com todas as despesas do fornecimento de água, sem cobrar nada pelos serviços.
O manifesto teve o incentivo do vereador Pedrosa Necó, e foi patrocinado pelo vereador Jonas Magno e a empresa JCA, que cedeu um ônibus para o transporte, e lanches aos manifestantes, e durante a sessão, o vereador Jonas usou a tribuna para pedir a anistia da tarifa cobrada pelo SAAE. E quase todos os edis apoiaram a ação dos manifestantes, talvez afim de receberem os aplausos da platéia.
Entenda o Caso:
O sistema de abastecimento de água do povoado São João do Rosário é composto de 3 poços artesianos que atende cerca de 300 famílias, das quais apenas 180 estão pagando suas tarifas.
Tudo começou quando o SAAE iniciou a instalação de hidrômetros. Alguns moradores do povoado, que criam peixes, com tanques enormes abastecido pelo sistema, e outros que usam a água para irrigação de plantações, e que pagavam o mesmo que uma dona de casa que usa a água para seus afazeres domésticos, não gostaram dos hidrômetros, como é o caso do presidente da união de moradores de São João do Rosário, que já exerce o cargo há 15 anos, José Ribamar Cardoso, que além de não aceitar a colocação dos hidrômetros, se apossou do sistema de abastecimento da localidade, usando-se de ameaças e intimidações, e segundo moradores da localidade, ele passou a cobrar R$ 20,00 por cada residência atendida pelo sistema de abastecimento, inclusive fazendo promoções com descontos para quem efetuassem os pagamentos antecipadamente de 1 ano de consumo, teria 20% de desconto em sua tarifa.
Criatório de peixe sendo abastecido pelo sistema/casa Cardoso
O problema foi parar na promotoria de justiça, que esclareceu diversas vezes ao Sr. Cardoso que a conduta dele é contra a lei, e tanto ele quanto quem o apóia podem sofrer vários processos. Como o Sr. Cardoso se recusou a entregar as chaves dos poços para o Município, que é o proprietário dos poços, e preocupado com a saúde dos moradores da localidade, já que durante o período que o Sr Cardoso se apossou de forma ilegal, os poços não tiveram o tratamento de água, a prefeitura ingressou através de uma Ação de Reintegração de Posse, com a concessão imediata de liminar concedida pelo Juiz da Primeira Vara da Comarca de Rosário.
A direção do SAAE nos informou que já houve a reintegração de posse, e que já iniciou reparos no sistema com a limpeza dos poços, tratamento da água, recuperação dos painéis de controles que foram danificados intencionalmente pelos invasores, a detecção e concertos de vazamentos na rede, e a renegociação dos débitos com a CEMAR, já que durante o período em que esteve de posse do sistema, Cardoso não pagou nem uma fatura de energia elétrica dos poços.
Caberia a Promotoria de Justiça realizar investigações e saber para onde foram todos esses recursos.
E a pergunta que não quer calar: Será que o dinheiro que o presidente da associação teria recebido da população do povoado ficou realmente pra associação como ele alega? Porque os vereadores que o apóiam não ajudam devolver o dinheiro que ele teria recebido indevidamente pela água?
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