Nem bem começa a semana, mais uma vez o Maranhão ganha destaque negativo na imprensa nacional. Agora, foi um caso que deixou triste e envergonhou nosso Estado.
Um casal de São Luís entrou na Justiça para conseguir que o Estado pague o tratamento de um bebê que nasceu com uma doença rara, Tetralogia de Fallot (T4F), doença caracterizada pela má-formação cardíaca.
A Justiça deu ganho de causa, mas para evitar que o bebê tivesse a vida interrompida, o casal levou antes a criança para a Beneficência Portuguesa, em São Paulo, hospital especializado no tratamento.
E o que fez o governador Flávio Dino para não cumprir o que manda a Constituição Federal, que atribui a responsabilidade ao Estado para garantir a vida de seus cidadãos, recorreu da decisão judicial.
E o que é pior: alegou que a despesa com o tratamento é alta e gera riqueza para uma só pessoa, no caso o bebê.
O governador Flávio Dino quer que a Justiça do Maranhão determine a volta da criança para que ela possa ser tratada em um hospital público de São Luís, um Socorrão da vida, por exemplo. Ou melhor: que a criança venha a morrer aqui na capital.
O caso deve ser decidido por toda esta semana pela Justiça do Maranhão, mas é provável que o governador recorra às instâncias superiores ou, quem sabe até ao satanás para não gastar com o tramento do bebê.
Pior mesmo foi olhar no Bom Dia Brasil, da TV Globo, logo cedo da manhã desta segunda-feira, o apresentador Chico Pinheiro dizer que o Maranhão não é nenhuma referência na aplicação de recursos públicos. E lamentar a decisão desumana do nosso governo.
Do Luís Cardoso.
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