"Não estudo por obrigação. Estudo porque gosto".
Essa afirmação já diz muito do adolescente Thompson Vitor, 15 anos, que
passou em primeiro lugar em uma escola federal de tecnologia, no Rio Grande do
Norte.
Ele está cursando Multimídia, mas poderia entrar em qualquer
curso com os 895 pontos que fez do total de mil que poderiam ser feitos no
teste de seleção.
O gosto pelos estudos veio pela influência da mãe, uma
catadora de lixo que trabalhava com reciclagem e trazia para casa os livros que
encontrava. Quando os filhos faziam um ano ela dava alguns livros, espalhados
pelo chão, para que pudessem brincar. "Os bonitinhos eu colocava para
estudarem", conta a mãe, Rosângela Marinho.
De família simples, o pai é pasteleiro, o jovem rapaz
percorre seis quilômetros até chegar na escola e acorda todos os dias às 5h30
da manhã. Além do curso técnico ele já vislumbra um novo curso para o futuro:
quer ser advogado.
"Estudar para mim é como uma arte. Não tem segredo. Tem
que ter foco. Eu quero ser o orgulho da família", afirma Thompson.
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