Mais um detento foi assassinado dentro do Complexo
Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão. Apenas neste ano sete presos foram
executados dentro do presídio, que é considerado o mais violento do país. O
corpo de André Valber Mendes, 26 anos, foi encontrado enforcado na noite de
ontem (14) no pavilhão Delta do Centro de Detenção Provisória (CDP) de
Pedrinhas.
Em todo o Maranhão, já são dez presos mortos este ano. A
Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) confirmou a morte,
mas ainda não divulgou nota oficial sobre o caso.
Desde sábado, esta é a terceira morte registrada no
presídio. Nesse fim de semana, o detento Wesley Sousa Pereira, 23 anos, foi
encontrado morto no Presídio São Luís I, e de João Altair Oliveira Silva, 18
anos, na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ).
A Sejap pediu, nessa segunda-feira, a prorrogação do prazo da
situação de emergência no sistema carcerário do Maranhão. Segundo a secretaria,
apesar das medidas tomadas nos últimos seis meses, vários problemas ainda
precisam ser solucionados.
No dia 21 de março a Sejap solicitou ao governo do Estado
que estendesse por mais 180 dias o prazo para a reformulação do sistema
carcerário maranhense. O Estado decretou a situação de emergência no sistema
prisional em outubro do ano passado, diante de uma crise que começou com motins
e rebeliões, se agravando com as violentas mortes dentro dos presídios.
De acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça, já
passa de 60 o número de detentos assassinados em Pedrinhas desde 2013. Homens
da Força Nacional, do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Grupo Especial
de Operações Prisionais ainda exercem o papel de agentes penitenciários no
presídio.
Da Veja
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