Jornal da época e Outdoor da "enganação" |
O Projeto social mais importante da governadora do Maranhão,
Roseana Sarney na época (PFL), o chamado "Pólo Industrial de Confecções de
Rosário", que tinha 34 mil habitantes nos anos 90. Na época da inauguração
da KAO I o Governo do Estado, na pessoa da Governadora, anunciou a obra com
pompa, como redentora e geradora de empregos para a região, deixando a
população rosariense bastante otimista, o então presidente, Fernando Henrique Cardoso,
veio para a inauguração em 13 de dezembro de 1996.
O Chheng e Roseana Sarney em 1996 |
Naquele momento, Rosário e região viveram a expectativa que
o progresso enfim tinha alcançado a nossa terra. As placas estampavam em todo o
estado, mais de 4.500 empregos diretos.
Mas, o sonho ao longo dos dias foi e virou um verdadeiro
pesadelo, deixando além das dívidas com o Banco do Nordeste, a frustração,
decepção e esquecimento, por parte das autoridades competentes.
E foi parar Tribunal de Contas da União (TCU) e alvo de
Inquérito Civil Público pela Procuradoria Geral da República no Maranhão.
Hoje encontra-se totalmente abandonada e “jogada as cobras”,
tomada pelo mato, o que causa muita tristeza a todos que diariamente passam em
frente, pela Ma 402.
Assista o vídeo e veja a atual situação dos galpões da antiga fábrica de Rosário
Entenda o caso
O orçamento para instalação do pólo era de U$ 84 milhões,
foram liberados mais de U$ 50 milhões, mas pouco menos de U$ 10 milhões chegou
a Rosário.
Segundo o protocolo de intenção assinado por Chheng e por
Roseana Sarney, o projeto prometia 4.300 empregos, investimentos de R$ 15
milhões e produção anual de 15 milhões de camisas -sete milhões já no primeiro
ano.
Associados à empresa, 90 grupos comunitários (de 40
integrantes cada um), obtiveram R$ 4 milhões do Bird (Banco Mundial) , dinheiro
disponibilizado para o Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (Papp).
Obtiveram, também, empréstimo de R$ 3 milhões junto ao Banco
do Nordeste do Brasil. Boa parte desse dinheiro foi para comprar 2.500 máquinas
de costura industriais de uma empresa do próprio Chheng, a Yamacon Nordeste.
Para viabilizar a compra os presidentes e tesoureiros de
cada um dos 90 grupos assinaram cheques em branco para o empresário e sua
equipe.
O Governo do Estado deveria prestar assistência técnica e
financeira às associações de trabalhadores, organizadas na Cooperativa de
Produção de Confecções de Rosário Ltda, treinar a mão-de-obra sem custo,
adquirir matéria-prima para fornecê-la à Cooperativa, comprar e comercializar
toda as peças confeccionadas.
Apesar de tamanha responsabilidade, o governo do Maranhão
não cumpriu com sua parte no acordo. A dívida dos trabalhadores com o BNB
(Banco do Nordesde), tomada mediante a assinatura desinformada de documentos
levados de casa em casa por funcionários do governo maranhense, era
inicialmente de R$ 35 mil por cada uma das 90 associações. Hoje, gira em torno
de R$ 286 mil, gerando um exército de pessoas inscritas no Serasa.
À Prefeitura
Municipal de Rosário (na época o prefeito era Bimba) competia fornecer materiais
destinados à utilização no treinamento dos grupos comunitários, assim como
orientá-los e apoiá-los na execução do objeto, e acompanhar e fiscalizar a
aplicação dos recursos do PAPP” relatório do TCU.
Fontes: TCU, Folha de São Paulo/ Imagens e Vídeo Jerffeson de Jesus
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