quarta-feira, 14 de maio de 2014

ESPECIAL: Veja o que há dentro dos galpões da extinta Fábrica de confecções de Rosário!!! Relembre o caso...

Jornal da época e Outdoor da "enganação" 

O Projeto social mais importante da governadora do Maranhão, Roseana Sarney na época (PFL), o chamado "Pólo Industrial de Confecções de Rosário", que tinha 34 mil habitantes nos anos 90. Na época da inauguração da KAO I o Governo do Estado, na pessoa da Governadora, anunciou a obra com pompa, como redentora e geradora de empregos para a região, deixando a população rosariense bastante otimista, o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, veio para a inauguração em 13 de dezembro de 1996.
  
Chheng e Roseana Sarney em 1996

Naquele momento, Rosário e região viveram a expectativa que o progresso enfim tinha alcançado a nossa terra. As placas estampavam em todo o estado, mais de 4.500 empregos diretos.

Mas, o sonho ao longo dos dias foi e virou um verdadeiro pesadelo, deixando além das dívidas com o Banco do Nordeste, a frustração, decepção e esquecimento, por parte das autoridades competentes.

E foi parar Tribunal de Contas da União (TCU) e alvo de Inquérito Civil Público pela Procuradoria Geral da República no Maranhão.

Hoje encontra-se totalmente abandonada e “jogada as cobras”, tomada pelo mato, o que causa muita tristeza a todos que diariamente passam em frente, pela Ma 402.

Assista o vídeo e veja a atual situação dos galpões da antiga fábrica de Rosário




Entenda o caso

O orçamento para instalação do pólo era de U$ 84 milhões, foram liberados mais de U$ 50 milhões, mas pouco menos de U$ 10 milhões chegou a Rosário.

Segundo o protocolo de intenção assinado por Chheng e por Roseana Sarney, o projeto prometia 4.300 empregos, investimentos de R$ 15 milhões e produção anual de 15 milhões de camisas -sete milhões já no primeiro ano.

Associados à empresa, 90 grupos comunitários (de 40 integrantes cada um), obtiveram R$ 4 milhões do Bird (Banco Mundial) , dinheiro disponibilizado para o Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (Papp).

Obtiveram, também, empréstimo de R$ 3 milhões junto ao Banco do Nordeste do Brasil. Boa parte desse dinheiro foi para comprar 2.500 máquinas de costura industriais de uma empresa do próprio Chheng, a Yamacon Nordeste.

Para viabilizar a compra os presidentes e tesoureiros de cada um dos 90 grupos assinaram cheques em branco para o empresário e sua equipe.

O Governo do Estado deveria prestar assistência técnica e financeira às associações de trabalhadores, organizadas na Cooperativa de Produção de Confecções de Rosário Ltda, treinar a mão-de-obra sem custo, adquirir matéria-prima para fornecê-la à Cooperativa, comprar e comercializar toda as peças confeccionadas.

Apesar de tamanha responsabilidade, o governo do Maranhão não cumpriu com sua parte no acordo. A dívida dos trabalhadores com o BNB (Banco do Nordesde), tomada mediante a assinatura desinformada de documentos levados de casa em casa por funcionários do governo maranhense, era inicialmente de R$ 35 mil por cada uma das 90 associações. Hoje, gira em torno de R$ 286 mil, gerando um exército de pessoas inscritas no Serasa.


À Prefeitura Municipal de Rosário (na época o prefeito era Bimba) competia fornecer materiais destinados à utilização no treinamento dos grupos comunitários, assim como orientá-los e apoiá-los na execução do objeto, e acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos do PAPP” relatório do TCU.


Fontes: TCU, Folha de São Paulo/ Imagens e Vídeo Jerffeson de Jesus

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