quarta-feira, 12 de abril de 2017

Flávio Dino é citado em delação da Odebrecht


Eleito em 2014 sob a promessa de mudança nas velhas práticas políticas após destronar a oligarquia Sarney, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), passou de trigo para joio. O comunista é um dos nove governadores incluídos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na nova lista da Lava Jato, maior esquema de corrupção do país já desbaratado pela Polícia Federal.

Dino foi citado em delação premiada do ex-diretor da Odebrecht, José de Carvalho Filho, o qual relatou ter repassado a quantia de R$ 400 mil por fora para o governador na campanha eleitoral de 2010. A propina, segundo o delator, teria sido feito em troca do voto do comunista na Câmara Federal, de projeto de interesse da Odebrecht. A senha para receber o pixuleco, teria sido entregue à época, inclusive, pelo próprio então deputado federal.

Como o chefe da PGR, Rodrigo Janot, pediu a instauração de inquérito contra Flávio Dino baseado na garantia [ou até mesmo já provável comprovação] de que o pagamento da suposta propina foi de fato efetuado pela empreiteira, a expectativa é que Dino passe à condição de investigado.

Pelas redes sociais, o comunista se defende.


Segundo o governador do Maranhão, ele seria inocente, está indignado “por ser citado de modo injusto” sobre atos que não teria praticado e jamais atendeu a qualquer interesse da Odebrecht. Ele diz ainda ter certeza de que a verdade irá prevalecer. “Se um dia houver de fato investigação sobre meu nome, vão encontrar o de sempre: uma vida limpa e honrada”, garante.

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