Ao contrário de boa parte do resto do País, os bancários do
Maranhão decidiram manter a greve que já dura mais de 25 dias.
Enquanto a grande maioria das agências bancárias abrem suas
portas nesta segunda-feira, elas continuarão fechadas no estado.
A manutenção da greve foi decidida em assembleia realizada
na ultima sexta-feira (11).
Na assembleia, a categoria rejeitou, por unanimidade, as
propostas apresentadas pela Fenaban e pelos bancos públicos (Caixa, Banco do
Brasil, BNB e Banco da Amazônia).
Na segunda-feira, às 18h, será realizada nova assembleia na
sede do SEEB-MA, na Rua do Sol, Centro de São Luís, para avaliar o quadro de
greve em âmbito nacional e para deliberar sobre a continuidade do movimento
paredista.
A proposta da Fenaban
Em resumo, a Fenaban oferece reajuste de 8% para salários e
benefícios e de 8,5% para o piso salarial. A regra da Participação nos Lucros e
Resultados (PLR) continua a mesma do ano passado, com reajuste ínfimo.
A nova proposta da Fenaban inclui ainda três novas
cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando
resultados, abono-assiduidade de um dia por ano e adesão ao programa de
vale-cultura do governo (para alguns bancários), no valor de R$ 50,00 por mês.
Na visão do SEEB-MA, tais cláusulas não representam avanços
significativos para a categoria, ao contrário do que prega a Contraf-CUT.
Sobre as horas paradas na greve, a Fenaban recuou e aceitou
compensar, no máximo, uma
hora extra diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de
dezembro. Vale ressaltar que as horas não compensadas serão abonadas.
Os bancários deflagraram a greve nacional no dia 19 de
setembro, depois de rejeitarem a proposta anterior dos bancos, de 6,1% de
reajuste sobre todas as verbas salariais.
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