Com a autorização da presidenta da Argentina, que aqui esta ao lado do papa Francisco, menino de 6 anos passa a ser menina, o que a igreja tem a dizer a respeito?
Atenção! A Argentina, com a intervenção de Cristina
Kirchner, acaba de admitir a existência, lá vai, da primeira “criança
transgênero” do país. É isso mesmo: um garoto de seis (6!!!) anos chamado
“Manuel” teve o nome oficialmente trocado por “Luana”. A família está sendo
assessorada por psicólogos (há mais psicólogos e psicanalistas na Argentina,
acho, do que fãs do Messi) e, claro!, por entidades de defesa dos direitos dos
gays.
É isto mesmo: essa gente toda, agora com o apoio do governo,
está a dizer que uma criança de seis anos já tem discernimento para decidir que
não quer ser menino, como nasceu, mas menina. Segundo a mãe, quando ele tinha
18 meses, balbuciou: “”Eu, menina, eu princesa”. E ninguém vai internar essa
despirocada! Com que então, com um ano e meio, seu bebê já se sentia uma…
princesa!
Leiam trecho de reportagem de Lígia Mesquita, na Folha.
Volto em seguida.
Lulu, aos seis anos, ainda surpreende os adultos que convivem
com ela. Recentemente, falou com naturalidade para uma psicóloga: “Sei que não
vai sair nenhum bebê da minha barriga e que eu não vou ter peito”. E agora ela
também sabe que seu antigo nome, Manuel, ficará somente como uma lembrança do
passado. E que, em breve, passará a ser Luana, o nome que escolheu há dois
anos. Os pais da garotinha argentina conseguiram autorização do governo de
Buenos Aires para que a filha trocasse sua identidade no DNI, o RG da
Argentina. Ela será a primeira criança transgênero a obter esse feito no
país.Mas não foi fácil. Em dezembro de 2012, o órgão estadual responsável pelos
registros havia negado a solicitação. A mãe de Lulu, Gabriela (ela não revela o
sobrenome), decidiu então escrever uma carta à presidente Cristina Kirchner
contando a história. A Presidência recebeu a mensagem e encaminhou o caso para
a Senaf (Secretaria Nacional da Criança, Adolescente e Família).
Na segunda-feira, o órgão enviou uma carta ao governador de
Buenos Aires, Daniel Scioli, e em dois dias autorizaram o novo registro. A
família de Lulu mora na Grande Buenos Aires. “O DNI é como um espelho. Se uma
pessoa não se identifica ali, isso não é bom. Foi uma luta importante que
vencemos”, afirma à Folha um dos psicólogos da criança, Alfredo Grande. Para César
Cigliutti, presidente da CHA (Comunidade Homossexual Argentina), a conquista de
Luana é “emocionante”. “É algo histórico conseguir um novo registro sem que
tenha sido necessário recorrer à Justiça”, diz. A entidade de direitos LGBT
assessora a família de Lulu com o tratamento psicológico e prestou
acompanhamento jurídico no processo da nova identidade. Segundo Cigliutti, o
governo aceitou o uso da Lei de Identidade de Gênero para promover a mudança,
já que a legislação não define nenhuma idade para o reconhecimento de um
transgênero. A psicóloga Valéria Paván, que também atende Lulu há dois anos,
afirma à Folha que não foi preciso apresentar nenhum laudo psicológico da
paciente. “Justamente porque essa lei procura a despatologização dessa
questão.”
(…)
Voltei
Eis aí. Há uma diferença gigantesca entre pessoas que lutam
por direitos — e é legítimo que busquem ser felizes sendo o que são — e um
movimento que quer se impor como uma cultura alternativa, ultrapassando todos
os limites do bom senso e da razão. O que se vê no caso desse menino — E NÃO
MENINA! — é um escândalo e uma violência, promovidos por uma família certamente
desajustada e por militantes. Como pode atestar qualquer especialista — com a
provável exceção desses que assessoram os pais de Manuel —, uma criança de seis
anos não tem ainda condições de fazer essa escolha. Pior: o garoto tem um irmão
gêmeo, o que certamente complica enormemente a equação.
Seis anos! Se esse garoto se dissesse, sei lá, o Pikachu,
então ele seria um Pikachu? Caso se considerasse um gato, cachorro ou papagaio,
deveria ser tratado como tal? Caso se sentisse o Homem Aranha ou a Cinderela,
assim seria? Igualmente encantador é saber que, na Argentina de Cristina
Kirchner, uma decisão dessa gravidade não precisa nem da autorização da
Justiça. Pode ser tomada na esfera administrativa. César Cigliutti, presidente
da CHA (Comunidade Homossexual Argentina), acha isso “emocionante”. E avança:
“É algo histórico conseguir um novo registro sem que tenha sido necessário
recorrer à Justiça”. Em protoditaduras, a Justiça costuma ser mesmo uma
besteira. Cigliutti acha isso bacana.
É, pobrezinho!, o
Bebê de Rosemary do sindicalismo gay e da era politicamente correta e
fascistoide.
Por Reinaldo Azevedo (revista Veja)
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